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M.L.K. e M.R.D.

Ontem, dia 4 de abril de 2015, fez 47 anos da morte de um dos maiores líderes na luta contra o racismo, Martin Luther King. Não quero falar demasiado sobre suas lutas, que foram muitas, desde o boicote aos ônibus de montgomery (por conta de Rosa Parks, uma negra que se negou a se levantar para um branco sentar em 1955) à marcha sobre washington (1963). ​

As lutas contra injustiças sociais, econômicas ou raciais sempre existiram e sempre existirão enquanto existir o homem. O que quero tratar neste texto é a facilidade que o ser humano tem de transformar um herói em bandido e um bandido em herói. Já é sabido que a história é escrita pelos vencedores. Somos obrigados, muitas vezes, a termos mentiras como sendo fatos históricos (nossa grade acadêmica do ensino escolar mostra muito bem isso). No caso do Martin Luther King não foi diferente. Pouco tempo depois de sua morte, tentaram denegrir a sua família, (com falsas acusações de que o assassinato de Martin teria sido encomendado por sua viúva), e à sua imagem (algumas até passível de observação como o fato de ser mulherengo). Mas o que jamais pode ser esquecido é a sua luta e o seu engajamento tanto social quanto político contra a segregação racial que existia, na época, nos estados unidos e persiste até hoje (mais dócil e sutil). Meu texto não é para tratar de racismo, embora todos saibamos o quão racista esta sociedade brasileira é, em declarações como a da ex colunista da veja de que achava um absurdo encontrar o porteiro em Paris, até um grito de "macaco" numa torcida de um time que foi construído em cima do racismo. No dia 3 de abril, uma pessoa que, para mim, não era menos importante que Martin, faria 15 anos. E, mesmo após sua morte ( que abalou os alicerces de várias famílias), pessoas tentam inventar mentiras acerca de sua índole e seu caráter para, quem sabe, atingir alguém que o amava. A fragilidade deste mamifero que só destrói tudo o que toca chamado ser humano, demonstrada sempre nessas atitudes de tentar denegrir a imagem de quem não pode mais se defender porque já está morto, é tanto vil quanto covarde. O que cabe a nós e as pessoas que conheciam o ser denegrido é tentar manter a memória de todos aqueles que já partiram. Desculpem-me se esse texto foi por demais pessoal, é mais um desabafo de um pai que esta tendo de assistir pessoas usando a memória de seu filho para denegrí-lo. Apenas quis lembrar à todos que não é tentando destruir a imagem de uma pessoa que já morreu que o fará com que seja uma melhor pessoa ou mais aceito nesta sociedade podre. Dedico essa primeira edição ao M.R.D. 03-04-00 à 12- 02-14. Sua memória será preservada.

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