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PL 21/2015... Muita calma nessa hora

Desde fevereiro deste ano, convivemos com uma polêmica bastante controversa e de discussão extremamente relevante, trata-se de um projeto da deputada gaúcha do PDT, Regina Becker Fortunati. Este projeto de lei visa combater a imolação e sacrifício de animais em rituais de umbanda, o que vem agradando ativistas ambientais e desagradando muitos sacerdotes das religiões africanas.

Há alguns pontos que precisam ser analisados antes de se tomar partido em um assunto assim tão delicado e com tantos fatores envolvidos: é bem verdade que a humanidade segue em constante evolução, afinal, o sacrifício de virgens, por exemplo, já foi extinto há um bom tempo e acredito não ter deixado saudades, ao menos espero que não.

Mas, porém, todavia, será que não é certa prepotência em demasia, tirar a liberdade cultural e religiosa dessas entidades? Eu como agnóstico, acho uma grande bobagem, desnecessário e sádico tal prática ritualística, mas não cabe a mim julgar a fé e a cultura de um povo que já é regida há séculos, penso que essa lei, de certa forma, é retirar a liberdade do próximo. Denota-se de um certo preconceito. Inclusive, liberdade religiosa essa que está prevista na nossa constituição federativa de 1988, onde declara-se um estado laico, embora muitos ainda tentem ofuscar tal informação, lembrando também que o sacrifício de animais com intuito religioso encontra-se livre pelo código de proteção aos animais de acordo com a lei nº 12.131.

De acordo com alguns lideres sacerdotes de tais religiões, a umbanda é contra a morte de animais para rituais de encruzilhadas. Sim, galinhas ou bodes mortos, apodrecendo no meio das ruas cercados por pipocas e bebidas, alguns destes líderes que se manifestaram em protesto ao projeto de lei ainda afirmaram que cada sacrifício realizado dentro das casas de religião o animal imolado é servido como comida e não há desperdício de carne, informação essa que por desconhecimento das doutrinas não posso confirmar ou negar, apenas acho que é abrangente trazer também tal informação.

De qualquer modo trata-se de um tema bastante polêmico, onde diversos pontos precisam ser analisados e vistos com calma. Talvez uma reforma na legislação, uma regulamentação que não invada a liberdade e a fé alheia, mas que não tire a dignidade dos animais nem a limpeza das nossas ruas, só sei que muitos fatores devem ser analisados. Aos evangélicos de plantão, que são a favor da lei não por defesa dos animais e sim por puro preconceito de crenças, deixo abaixo alguns trechos da bíblia que incentivam está prática:

*Deus exigia sacrifícios de animais para que a humanidade pudesse receber perdão dos seus pecados (Levítico 4:35; 5:10).

*Quando Adão e Eva pecaram, animais foram mortos por Deus para providenciar vestimentas para eles (Gênesis 3:21).

*Caim e Abel trouxeram ofertas ao Senhor. A de Caim foi inaceitável porque ele trouxe frutas, enquanto que a de Abel foi aceitável porque ele trouxe “das primícias do seu rebanho e da gordura deste”

(Gênesis 4:4-5).

*Depois que o dilúvio recuou, Noé sacrificou animais a Deus. Esse sacrifício de Noé foi de aroma agradável ao Senhor (Gênesis 8:20-21).

*Deus ordenou que Abraão sacrificasse seu filho Isaque. Abraão obedeceu a Deus, mas quando Abraão estava prestes a sacrificar a Isaque, Deus interveio e providenciou um carneiro para morrer no lugar de Isaque (Gênesis 22:10-13).

RESUMO DA OBRA: VOCÊS SÃO TODOS FARINHA DO MESMO SACO! UM ÓTIMO RESTO DE SEMANA A TODOS.

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