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Posto 24h deve fechar em três meses

O Pronto Atendimento 24 horas de Cachoeirinha deverá encerrar suas atividades dentro de três meses. Ou seja, no ápice do inverno gaúcho. A Prefeitura de Cachoeirinha ainda não sabe o que fazer com o prédio; existe a ideia de transformá-lo em um Centro de Especialidades ou em um posto exclusivo de atendimento a pessoas com deficiência. O discurso é de adequação e melhora na prestação de serviços, mas sabemos que a realidade é outra.

O Governo Federal criou as UPA24h - Unidade de Pronto Atendimento 24h - e a cidade de Cachoeirinha, enfim, será contemplada com uma unidade. Trata-se de um Posto Avançado, conceituado como mini-hospital, bem mais completo que os tradicionais postos de saúde. Poderá, inclusive, realizar pequenas cirurgias ambulatoriais. A previsão é de que seja inaugurada no final de julho, data em que a prefeitura deve desativar o posto 24h localizado no bairro Fátima.

Esta placa seguidamente se vê no atual pronto atendimento 24 horas. A falta de pediatras é rotina. Todavia, a partir de agosto a rotina será de descaso com a região: não só pediatras, mas todo o serviço da unidade não mais existirá. E em vez do atual "seguidamente", teremos de conviver com o ""definitivamente".

Temos a convicção que a UPA24h complementará o serviço de saúde no município e ofertará melhor qualidade, pois é, de fato, mais completa. Mas isso não justifica o fechamento de outros serviços de saúde na cidade. Vê-se um projeto de desconstrução da saúde. A Unidade Básica de Saúde Vila City será fechada (torcemos para que a mobilização da comunidade obrigue o prefeito Vicente Pires a recuar), a Unidade Básica de Saúde Luis de Camões, segundo o vereador Irani Teixeira, também está na mira. E, agora, chega a nós a notícia de que o Posto 24h também encerrará suas atividades. Onde chegaremos com isso? O descaso é inaceitável e deve ser coibido.

Falamos no começo do texto na diferença entre discurso e realidade. Então vamos aos fatos:

* A UBS Vila City será fechada com o discurso de que no local será criado um Centro Odontológico. A realidade é que esse Centro já existe na cidade e é mal utilizado pela Secretaria de Saúde. Para quem não conhece, fica na frente da Escola Municipal Tiradentes, onde era localizado o velho posto 24h. Aliás, em vez de tirar pediatras, clínicos e geriatras para colocar dentistas, por que não funcionar com todas as especialidades? Querem apenas economizar dinheiro. Mas bem que poderiam tirar dinheiro de áreas menos importantes e fundamentais como a saúde, não é?

* O Pronto Atendimento 24h será fechado com o discurso de que a UPA24h absorverá a demanda. A verdade é que a UPA24h tem pouquissímos recursos do município e que até seu custo mensal será arcado, em maioria, pelo Governo Federal, ao contrário do que acontece no Posto 24h. O motivo é, outra vez, financeiro. Bem que a UPA24h poderia ser construída do outro lado da cidade a fim de atender moradores da Vila Regina, Vila Olaria, Vila da Paz e etc, porém, optou-se por construir no Jardim do Bosque para ficar mais perto da Fátima e, assim, tentar justificar o fechamento da outra unidade.

* Ainda sequer se sabe o que fazer com o Posto 24h da Fátima, pensa-se em um Centro de Especialidades e um Posto de Atendimento a Deficientes. Ambos já existem na cidade. O primeiro, fica no antigo PAM, localizado ao lado da sede da Prefeitura de Cachoeirinha. Que, por sinal, assim como o Centro Odontológico, é mal gerido e pouco utilizado. O segundo, fica próximo a Igreja São Vicente de Paulo e poderia, também, ser melhor utilizado. Embora funcione melhor que o Centro Odontológico e o Centro de Especialidades atuais.

Reiteramos nossa completa contrariedade à politica municipal de saúde implementada em Cachoeirinha que visa reduzir custos através do fechamento de unidades de atendimento. Acreditamos que existem outros meios mais eficazes de economizar como, por exemplo, trabalhando e controlando melhor as licitações, diminuindo os custos operacionais da secretaria, entre outros. Manifestamos repúdio ao discurso descabido de readequação e explanamos nosso entendimento de que essas mudanças são indevidas e visam apenas reduzir custos, mesmo que para isso a população da cidade seja prejudicada.

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