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Vermelhos e Azuis, heróis e vilões


REPLAY VERMELHO

O Internacional apresenta uma mão aberta de campeonatos estaduais consecutivos. O quinto título, neste ano de 2015, veio com uma vitória de 2 a 1 sobre o maior rival. O temor de um gol qualificado do tricolor no Beira-Rio só desapareceria com a abertura do placar. Para o orgulho de Aguirre, o Inter mostrou a velocidade em dois contra-ataques fulminantes. De Valdívia para Nilmar, de Nilmar para Valdívia. Dois gols em 18 minutos e a tranquilidade para os colorados.

Felipão até tentou reagir, sacando o atordoado Fellipe Bastos e colocando o bom volante Wallace. Uma troca acertada do treinador, já que a jovem promessa foi um dos destaques da tentativa de reação do tricolor. O Grêmio era como uma novela que guardava os desfechos para os últimos capítulos. Agoniava o torcedor ao rondar a área, avançando a dribles, mas nunca contundente. Bryan Rodríguez dá ou não dá saudade do pirata Barcos? O gol até saiu, na bola parada que Rhodolfo desviou e Giuliano – melhor jogador do Grêmio na Partida – empurrou para as redes. Gol de despertar a velha raça tricolor, o levantar de um mosqueteiro ferido prestes a dar o golpe certeiro com o seu florete. Não mais. Onde está a força azul?

O time do Internacional sempre é visto como o mais técnico em comparação com o rival. Seja verdade ou não (atualmente, é mesmo), isso nunca abateu a alma castelhana, a raça gremista tão consagrada. Não vejo nem mesmo essa vontade de vencer no Grêmio de hoje. Talvez a culpa seja da falta de ídolos, a de qualidade em geral, ou a de títulos, que permanece como um inseto zumbindo nos ouvidos tricolores. Crise de identidade? Quem é o Grêmio de hoje? Certa é a supremacia do inter. O colorado tirou o pé do acelerador e apenas administrou o resultado o qual mantinha o troféu no Beira-Rio. Sem essa de cafezinho. Título merecido e importante, para dar confiança ao Internacional no desafio de quarta-feira contra o Atlético Mineiro.

POKA ATUAÇÃO

Uma excelente atuação do mais carismático dos jogadores em atividade. É Wanderson, Valdívia, Poko Pika, aquele personagem dos Simpsons que tenta matar o Bart, como queiram. A promessa do Inter confirmou a expectativa dos torcedores em relação a ele na final deste domingo e foi o melhor em campo. Jogador agudo, de dribles, de intensidade e muito talento com a bola nos pés. Professor, deixa o colete amarelo que passe bem longe do Valdívia, pois este merece a titularidade. ‪#‎POKOTITULAR‬. Aguardamos os próximos vídeos do mago das redes sociais e da bola.

DE HERÓI A VILÃO

Como é traiçoeiro o futebol. Um instante pode mudar tudo. Fellipe Bastos talvez sonhe essa noite com a trave. Pegou a bola, colocou com carinho na grama e preparou-se para a cobrança da falta. Chutou com finesse. A bola começou sua viagem mágica. Olhares atentos, olhares desviados. Preces, palavrões. Entra, sai. Tinha tudo para entrar. Naquele momento, Fellipe sairia como um herói, golaço de falta, 1 a 1 e vai tricolor. Um simples momento e tudo se transforma. O efeito faz a deusa redonda de Galeano atingir o poste esquerdo. Rebote do inter, bola lançada, o próprio Fellipe Bastos recua. Recua mal. Nilmar arranca e Valdívia marca 2 a 0 Internacional. Ah, Fellipe Bastos. Serias um herói, mas o futebol não escolhe seus heróis; portanto, contente-se com o dia de vilania.

RS VERMELHO, INGLATERRA AZUL

O Chelsea conquistou o Campeonato Inglês com três rodadas de antecedência. Campanha fantástica do, dito retranqueiro, mas multi-campeão técnico José Mourinho. Festa dos brasileiros Ramires, Oscar, Willian e o naturalizado espanhol Diego Costa. O melhor campeonato nacional do mundo acabou sem nenhuma disputa ou emoção. E se fosse o Brasileirão, hein?

NOTA TRISTE

É doloroso falar sobre isso; entretanto, seria irresponsabilidade se calar. Mais alguns episódios de vandalismos ocorreram nas finais dos estaduais pelo Brasil. Destaco dois deles. O primeiro episódio é a quebra de cadeiras do Beira-Rio por “um grupo de torcedores” do Grêmio. Isso afeta somente à instituição Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense que deverá custear os prejuízos. O próprio comandante, Felipão, salientou em coletiva: “devemos reconhecer a derrota e a superioridade do adversário”. Portou-se muito bem o treinador no dia de hoje. O outro episódio é a batalha campal em Fortaleza. A briga generalizada dentro do Estádio Castelão ofuscou a festa do título do tricolor de aço. Lamento episódios de barbárie em uma região tão apaixonada por futebol, que lota estádios, como a região Nordeste.

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