Retrocesso em pleno século XXI
Antes de falar da rodada do meio da semana, gostaria de deixar aqui a minha indignação com o jogo de ontem a noite entre Boca Júniors e River Plate, válido pelo segundo jogo das oitavas de final da tão amada Libertadores da América.
O futebol argentino, pelo que vimos ontem a noite, beira o amadorismo. Lembro de histórias das libertadores dos anos sessenta, setenta e oitenta, e até noventa, onde torcedores dos times mandantes intimidavam jogadores e torcedores dos times adversários com coisas bem piores que gás de pimenta. Mas isso são outros tempos. Não temos mais espaço para esse tipo de amadorismo no futebol. Além de ele ser hoje elitista, ao meu ver não mudou tanto assim com relação a violência. Simplesmente lamentável.
Sobre o Internacional, muitas considerações devem ser feitas, do goleiro ao banco de reservas. Alisson foi extremamente seguro, finalmente o colorado tem um goleiro confiável depois de Clemer. Juan jogou uma partida monstruosa, apesar da idade, valeu a renovação. Dourado e aranguiz foram espetaculares. Dalessandro foi maestro, regente de uma orquestra, Mestre de bateria, enfim, o melhor. Valdivia... ah Valdivia. E Lisandro Lopez, que aos poucos vai se ajustando ao time e se credenciado a titularidade. Mas está no banco um profissional que muito foi criticado pela imprensa e pelos torcedores, e até dentro da diretoria. Ninguém acreditava nele, mas ele provou ter seu valor. Tem coragem, fibra, vontade. Falo, claro, de Diego "Mito" Aguirre. Inteligente nas substituições, não tem medo do que vão falar, seja imprensa ou jogadores.
O Grêmio eliminou o jogo de volta tendo em vista a sonora Vitória sobre o crb de Alagoas. Agora joga contra o Criciúma, primeira na arena. Os carboneros, como gostam de se chamados, gostam desse tipo de competição, sempre armam uma arapuca, e ainda mais decidindo em casa. Há que se ter muito cuidado.
Uma boa notícia para o time gremista é a desconvocação de Yuri mamute pela seleção olímpica, o que pode dar mais força e qualidade ao ataque.
